Banco central do México elogia resiliência da economia, mas discussão sobre corte de taxas “não está em discussão”

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Aug 07, 2023

Banco central do México elogia resiliência da economia, mas discussão sobre corte de taxas “não está em discussão”

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O banco central do México elevou suas previsões de crescimento econômico para 2023 e 2024, citando a resiliência da economia latino-americana, mas permaneceu firme em que um corte no

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O banco central do México elevou suas previsões de crescimento econômico para 2023 e 2024, citando a resiliência da economia latino-americana, mas permaneceu firme de que um corte na taxa de juros mais alta do país não seria provável tão cedo.

O Banxico, como é conhecido o banco central do México, elevou sua previsão de crescimento para 2023 para 3,0% em seu relatório trimestral na quarta-feira, acima dos 2,3% em seu relatório anterior. Também reviu a sua previsão de crescimento económico para 2024 para 2,1%, acima dos 1,6%.

O conselho do Banxico apontou no relatório que o forte mercado de trabalho e os gastos internos do México contribuem para a “resiliência” da economia.

O relatório, no entanto, repetiu a linguagem anterior de que o conselho de administração precisaria de manter a sua taxa de juro de referência no seu máximo histórico durante um "período prolongado", a fim de reduzir a inflação persistente até ao intervalo-alvo do banco.

Para Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, o relatório mostra que a economia do México está “aquecendo”, sublinhando a necessidade de uma “calibração conservadora da política monetária”.

“O banco central precisa manter uma postura monetária restritiva para arrefecer ligeiramente a economia e apoiar a dinâmica inflacionária em curso”, disse Ramos numa nota de análise.

O Banxico manteve a taxa básica de juros do México estável em 11,25% no início deste mês, pela terceira vez consecutiva, depois que a inflação anual desacelerou pelo sexto mês consecutivo em julho, para 4,79%.

A queda da inflação em outras partes da América Latina estimulou os bancos centrais a iniciarem cortes nas taxas, inclusive no Brasil e no Chile.

Mas no México, "a discussão sobre se vamos reduzir a taxa de juro ainda não está em cima da mesa", disse a governadora do Banxico, Victoria Rodriguez, durante a apresentação do relatório.

O conselho do Banxico precisava de mais tempo e de provas mais fortes de que a inflação estava a consolidar-se no seu objectivo, acrescentou ela.

O relatório de quarta-feira também alertou que, apesar das revisões do crescimento económico, "ainda se prevê um abrandamento da actividade económica... em linha com o comportamento esperado da economia dos EUA".

O banco também reduziu ligeiramente a sua previsão de inflação global para o último trimestre de 2023 para 4,6%, face aos 4,7% anteriores.

No entanto, aumentou ligeiramente a sua previsão de inflação subjacente para o trimestre para 5,1%, face aos 5,0% anteriores.

Reportagem de Brendan O'Boyle; Edição de Jonathan Oatis e Stephen Coates

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